quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Haloides, cubos naturais

Os cristais são corpos inorgânicos geralmente sólidos (por que há os líquidos como o âmbar, que é um mineral orgânico) que tem um arranjo de partículas (sejam elas átomos, moléculas e até íons) geométrico e tridimensional. Isso faz com que eles sejam geométricos (e esteticamente tão belos).

Há uma grande variedade que podemos encontrar na natureza, como o quartzo, a ametista, a pirita, a turmalina (negra nas fotos abaixo), a jaspe, o olho de tigre, a sodalita, etc:









Mas, a meu ver, os minerais mais impressionantes são os haloides (que dão nome ao blog). Três espécies dessa classificação de minerais formam belos cubos feitos pela natureza.

Os minerais haloides são ao todo 13 espécies conhecidas pelo homem. Eles possuem esse nome por serem feitos de íons de halogênios geralmente com carga elétrica - 1 (F- ; Cl- ; Br -; I-) combinadas com metais.



Esses cristais cúbicos azuis são boleíte (batizada assim em homenagem a El Boleo, uma cidade do estado de Baja Califórnia, no México). É um cristal de composição KPb26Cu24Ag9Cl62(OH)48. H2O (é um mineral molecularmente "pesado") que se cristaliza no sistema cúbico.
É um mineral muito raro; muitas vezes os cristais são menores de um centímetro.
Infelizmente não há jazidas no Brasil.


Esses cubos translúcidos amarelados são uma variedade de fluorita. Sua composição é bem simples: CaF2. Assim como boleíte, forma-se no sistema cristalino cúbico (também chamado de isométrico).
As jazidas desse mineral são bem difundidas pelo mundo, mas, suas reservas maiores não estão no Brasil.
Um fato curioso é que esse mineral dá nome à luminescência conhecida como fluorescência, por que seus cristais emitem muita luz sob efeito da iluminação ultravioleta.


Esse cristal acima, além de ser muito comum, ainda tem uma composição bastante conhecida: NaCl. Se você quebrar um ao meio e degustá-lo, verá que ele é salgado (Aviso aos hipertensos: lavem as mãos depois de manuseá-lo). Essa é a halita, um mineral sedimentar, também de sistema cristalino cúbico e geralmente translúcido.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Carta de amor química - Magnésio apaixonado

Vejam só o que encontrei no site Humor na Ciência, em http://www.humornaciencia.com.br/quimica/cartaqui.htm:

"Ouro Preto, zinco de agosto de 1978.


Querida Valência:


Sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por ti. Ao deitar-me, quando descálcio meus sapatos, mercúrio no silício da noite, reflito e vejo que sinto sódio. Então, desesperadamente, chouro.


Sem ti, Valência, minha vida é um inferro. Ao pensar que tudo começou com um arsênio de mão, cloro de vergonha. Sabismuto bem que te amo, embora não o digas, sei que gostas de um tal de Hélio e também do Hidro-Eugênio. De antimônio posso assegurar-te que não sal nenhum érbio e que trabário para viver. Oxigênio cruel tu tens, Valência! Não permetais que eu cometa algo errádio.


Por que me fazer sofrer tanto assim, sabendo que tu és a luz que me alumina? Meu caso é cério, mas não ácido razão para um escândio social.


Eu soube que a Inês contou que te embromo com esse namouro. Manganês, deixa de onda e não acredita niquela disser, pois sabes que nunca agi de modo estanho contigo. Aliás, se não tiveres arranjado outro argôniomento, procura um Avogadro e me metais na cadeia. Lembra-te, porém, que não me sais do pensamento.


Abrácidos comovidros deste que muito te ama.


Magnésio"


Só fico imaginando a resposta da tal da Valência... Coitado do Magnésio...